Projeto:
lendas : 4º e 5º anos
Rio Branco Acre
2012
Justificativa
Nota-se que
muitas das dificuldades dos alunos estão centrada nós aspectos
referentes a leitura e a escrita, no que concerne a compreensão e
produção de textos. Esses fatores têm contribuído com a defasagem
do ensino. Por esse motivo, faz-se necessário o uso de proposta de
trabalho mais suficiente, com alternativas favoráveis, já que nos
dias de hoje, em que a sociedade está cada vez avançada no
conhecimento mais centrada na escrita, saber apenas ler e escrever
tem se tornado insuficiente, faz-se necessário o uso de diferentes
recursos tecnológicos que vão ajudar os alunos a construírem
novos conhecimentos que contribua com a formação de sujeitos
competentes, capaz de transformar diferentes conhecimentos em
informações.
Através desse projeto
procuramos valorizar a imensa riqueza das lendas brasileiras,
histórias passadas de geração em geração, transmitidas por
diferentes culturas e raças, que buscam explicações para as coisas
e os fenômenos do mundo, histórias contadas pelas pessoas comuns,
pelos escritores e outros e que valem muito, pois traduz sabedoria,
conhecimento de uma civilização.
Além disso, serão
trabalhado o comportamento leitor, a partir das leituras das lendas
feitas pelo educador e pelos alunos no momento das atividades de
leitura, repertoriada pelo professor, permitindo que o educando tome
gosto pela leitura e escrita, ao se apoderar dos bens culturais,
guardados pela escrita ao longo dos tempos. Assim, contribuirá para
que os alunos descubram: novo mundo, novas histórias,façam
pesquisas, exponha seu conhecimento, e compartilhe com os colegas,
encenando pequenas peças com o grupo e, muitas outras situações de
ensino que trarão possíveis alternativas para superar as
dificuldades dos alunos nas práticas de leitura e escrita.
Objetivos
*Recuperar os conhecimentos
prévios sobre lendas;
*Apresentação
do projeto que será desenvolvido para a classe, planejando as ações
que serão realizadas,
*
Compartilhar as pesquisas;
*Ampliar
conhecimento prévio sobre o gênero, discutindo sua definição e
origem.
*Pesquisar
lendas na internet
*Comparar
lendas;
*Apropriar-se
de procedimentos de planejamento de reescrita de lendas.
*Reescrever
lendas, considerando as características do contexto de produção.
*Selecionar
a lenda que será reescrita.
*Planejar
a reescrita da lenda, a partir de material de referência e do
contexto de produção.
*Reescrever
a lenda, considerando o planejado.
*Preparar
a apresentação oral da lenda.
*Apresentação
oral de lendas ;
Primeira
etapa:
o que é lenda?
Atividade
I
Levantamento dos
conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero.
*Roda de conversa:
Perguntar aos alunos se sabem o que é uma lenda, do que ela trata,
se conhecem alguma lenda .Organizar, na lousa, registro escrito das
informações iniciais que os alunos têm sobre o gênero,
solicitando que os mesmos registrem no caderno.Em seguida orientar
para que em duplas elaborem uma pequena lista de lendas conhecidas
pelas duplas e escolham uma para contar para classe.
*
Organizar uma roda para os alunos ouvirem a lenda dos colegas,
orientando aos mesmos a dizerem o título e como conheceram;
*
Solicitar aos alunos a fazerem uma pesquisa junto a seus familiares
ou vizinhos sobre as lendas que eles conhecem, pedindo que eles
contem para eles ouvirem;
*
Propor que os alunos socializem a pesquisa para classe.
Segunda
etapa: compartilhando o objetivo do projeto
Atividade
II
Encaminhamento
*Retomar
o que já foi trabalhado sobre lendas;
*Perguntar
se sabem por que foram propostas as atividades sobre lendas
explicando que estão iniciando um estudo importante sobre esse
gênero e que esse estudo se organizará em forma de um projeto de
leitura e reescrita de lendas.
*
Indicar o título do projeto: lendas e tantas lendas e o produto
final: (Elaboração de uma coletânea de lendas), que serão
reescritas, escolhidas entre aquelas que a classe mais gostar;
*
Perguntar aos alunos o que precisaram estudar para poder elaborar o
produto final.
*
Orientar dizendo que eles precisaram: conhecer as lendas para poder
reescrevê-los, de modo que fique bem interessante ao leitor,precisam
estudar a forma de organizar o livro para que as pessoas queiram ler;
*Explicar
que esse projeto vai ser bem interessante porque vai envolver :
leitura feita pelo professor, roda de leitura, em que cada aluno vai
apresentar lendas do seu acervo pessoal ou escolhidas na sala de
aula, atividades para a reescrita de lendas , atividades para
aprender sobre as origens das lendas ao longo dos tempos.
*-Registrar
os aspectos principais da discussão na lousa, solicitando para que
os alunos registrem no caderno.
Atividade
III : ampliando o repertório sobre as lendas - roda de leitura
encaminhamento
* Trazer
a caixa de lendas para a sala sugerindo que cada aluno escolha a
lenda que irá ler;
*
Conversar com os alunos sobre a finalidade da atividade e como ela se
desenvolverá. A partir da escolha e a leitura,solicitar que os
educados façam comentário da lenda lida , informando: o título, a
origem da lenda( se ouve informação sobre), personagens, mostrar a
ilustração da lenda , se gostou ou não e porque , se recomendo
para compor a coletânea, se gostaria de ler um trecho que achou
interessante para a classe. Opós as apresentações os alunos
preencheram o mapa de informações sobre leitura das lendas que
fizeram .
ATIVIDADE
IV , O QUE SÃO AS LENDAS, AFINAL?
Encaminhamento.
*Entregar
para as duplas cópias das lendas: Boto , Lenda do guaraná, o da
Iara , e a lenda do boi tatá .Caipora e outra em anexos .
*Conversar
com os alunos sobre a finalidade da atividade e sobre a maneira como
se desenvolverá.
*
Solicitar aos alunos que, considerando as discussões realizadas até
o momento, inclusive as lendas lidas, elaborem uma pequena definição
de lenda e apresentem para a classe
*Depois,
solicite que leiam o textos sobre e o que é lendas ?
O
que são lendas ?
As
lendas é um tipo de história que mostra a sabedoria de um povo .O
Aspecto principal desse tipo de narrativa é a explicação das
coisas complicadas de modo simples .Há muita coisa no universo cuja
explicação aparecem em forma de lendas : Fenômeno da natureza ,
origem dos povos , formação de cidades , fatos históricos e heróis
nacional.
Uma
lenda nunca poderá ser taxada como mentira ou verdade . Elas
simplesmente são criadas e divulgadas ficando a cargo de cada
pessoa
interpretá-las
e também acreditar ou não nelas .Essas manifestações
folclóricas também nasceram da miscigenação dos povos. São
histórias criadas pela influência direta de fatos verdadeiros , que
foram contados sem provas materiais e sobreviveram na memória das
pessoas que as transmitem para as futuras gerações .
Muitas
lendas foram transformadas em espetáculos de arte e estão presentes
no cinema , no teatro e na cultura do povo brasileiro.
(Texto
adaptado da revistinha Folclore. Centro Universitário Clarintiano.
EAD,
2012.)
Atividade
V: Comparando
lendas.
Encaminhamento
*Organizar os alunos em dúplas
*Entregar cópias das lendas
(O negrinho do pastoreio e da vitória régia ) .
*Fazer a leitura das
lendas para os alunos sugerindo que eles acompanhe a leitura;
* Fazer comentário sobre o
texto tipo: A que povo elas se referem ? Qual povo conta? Qual seria
a finalidade da lenda?
.Informações
sobre as lendas
A
lenda da vitória-régia:
trata-se
de lenda indígena que explica o surgimento da vitória-régia. As
lendas indígenas, no geral, são muito próximas do mito, por
explicarem aspectos da criação do mundo. Trata-se de uma lenda
naturalista. „„ A seguir, peça para que os alunos analisem o que
todas as lendas apresentadas parecem ter em comum e o que têm de
diferente. Sugestão de preenchimento do quadro:
Negrinho
do Pastoreio”
Trata-se
de uma lenda da época dos escravos .Essa lenda tenta explicar os
mal tratos que passavam os negros naquela época. Era contada pelas
pessoas que eram contra a escravidão, para ver quem sabe os donos se
comoviam.
Alguns
exemplos para as análises comparativas das lendas
QUADRO
COMPARATIVO DAS LENDAS
|
O
QUE AS LENDAS TÊM EM COMUM?
|
O
QUE AS LENDAS TÊM DE DIFERENTE?
|
*Tem ensinamento
a passar para o leitor,
* Os
protagonistas são seres humanos,
* Os episódios
narrados são passado como episódio da vida real de um povo ,
* São
conhecimentos transmitidos pela cultura de um povo
Não
se sabe quem inventou primeiro .
|
Cada lenda tem uma
origem e época diferente.
Utilizam
personagens diferentes para o ensinamento
Uma tenta explicar
sobre os mal tratos que passavam os negros e a outra e a outra
explica fatos relacionado com o surgiu a vitoria régia
|
O
negrinho do pastoreio
No tempo
dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava
tudo por diante,
a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia,
sem dar satisfação a ninguém.
Entre os
escravos da estância, havia um negrinho, encarregado do pastoreio de
alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de
estância não conheciam cerca de arame; quando muito, havia apenas
alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não
podiam ficar parados, para não pensar bobagem... No mais, os limites
dos campos eram aqueles colocados por Deus Nosso Senhor: rios,
cerros, lagoas.
Pois
de uma feita,
o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias às mãos do
patrão, perdeu um animal no pastoreio. Prá quê! Apanhou uma
barbaridade
atado a um palanque
e, depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal
extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um
toquinho
de vela e uns avios
de fogo, com fumo e tudo e saiu campeando.
Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que
voltar para a estância.
Então,
foi outra vez atado ao palanque e desta vez apanhou tanto que morreu,
ou pareceu morrer. Vai
daí,
o patrão mandou abrir a “panela”
de um formigueiro e atirar lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno
corpo do negrinho, todo lanhado
de laçaço
e banhando em sangue.
No outro
dia, o patrão foi com a peonada
e os escravos ver o formigueiro. Qual não é a sua surpresa ao ver o
negrinho do pastoreio: ele estava lá, mas de pé, com a pele lisa,
sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa
Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.
O
estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada
respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu
conduzindo a tropilha.
Desde
aí,
o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas.
E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela, ou atirar num
canto qualquer naco de fumo.
(Domínio
público)
A
LENDA DA VITÓRIA RÉGIA
Há quem diga que o luar é um
guerreiro forte e belo e que toda noite ele desce à terra e escolhe
uma índia para se casar. Tão logo a índia escolhida aceita o
convite de casamento do guerreiro Lua,os raios prateados, que mais
parecem braços brancos e fortes, vêm buscar a índia para levá-la
ao seu palácio celeste. Nas torres de prata deste palácio, o luar
transforma a índia em uma estrela. É por isso que nas noites bem
estreladas, se você fizer silêncio, conseguirá ouvir o canto das
estrelas. São as esposas de Lua, que cantam para a harmonia dos
povos.
Certa vez, uma
índia chamada Naiá apaixonou-se por Lua. Naiá esperava com
ansiedade o dia passar para ver Lua surgir, trazendo o início da
noite. E, nessa espera, Naiá ficava sonhando com o dia em que o luar
viesse buscá-la. Quando Lua surgia no horizonte, Naiá saía
correndo de braços abertos pelos campos, rodava e ria um riso de
amor para a Lua.
Se acaso existisse um muro que
fosse até o céu e que pudesse dar apoio para uma gigantesca escada,
Naiá demoraria o tempo que precisasse para construir esta tal escada
e, enfim, chegaria até a Lua. Mas nem mesmo subindo na mais alta
montanha que conhecia, esticando os braços o mais alto que podia e
ficando nas pontas dos pés, conseguia tocar a Lua.
Muitos índios queriam casar
com Naiá, mas ela só tinha olhos para o firmamento, para o altivo
guerreiro dos astros. Certa noite,cansada de tanto esperar, a índia
saiu à procura de um lugar tranqüilo para refletir, espairecer seus
pensamentos. Quando chegou a um lago distante da sua maloca,qual não
foi a sua surpresa ao encontrar o luar deitado na superfície deste
lago! Certamente chegara a hora de ser desposada pelo guerreiro da
noite. Naiá não pensou duas vezes, pulou no lago e nadou até as
profundezas para encontrar o seu guerreiro de prata. Na superfície
do lago a imagem da lua vibrou, distorceu-se toda e, lá embaixo, nas
profundezas, os sonhos prateados de Naiá morreram afogados.
Como Lua não quis fazer de
Naiá uma de suas esposas.resolveu fazer dela uma estrela das águas
e transformou o corpo da índia numa grande flor. Agora, todas as
noites, as pétalas de Naiá se abrem para ser abraçada pelos
raios lunares, pelos braços
fortes e suaves do guerreiro dos astros. E, aberta para a noite, Naiá
lança o seu perfume. E esse perfume é como um canto que ela entoa
para o luar sentir e aspirar,como uma serenata que sobe docemente
pelo ar, por uma escada de prata que une o seu desejo de flor à
grandeza de Lua.
Esta flor, esta estrela
aquática e seresteira, recebeu o nome de Vitória – régia.
Ribeiro, Jonas . Amigos do
folclore. Editora Ave~Maria
ATIVIDADE
VI, Reescrita de lenda ( coletiva)
Ecaminhamento
*Informar
aos alunos que a atividade será feita em três etapas: Coletiva, em
dupla e individualmente;
*Ler
a lenda da Iara para a classe , apresentando a indicação de sua
origem, e do que trata etc.
*Propor
que um aluno reconte oralmente a lenda para a classe;
*Fazer
a reescrita coletiva da lenda com a classe.
*Antes
de fazer a reescrita anotar no cantinho da lousa os tópicos mais
importantes que não devem faltar no texto como: ( O espaço, as
características dos personagens coadjuvante e do principal etc.)
* Pedir que um aluno
registre a lenda que foi produzida e depois recolha para compor o
livro das lendas produzidos pela classe .
Atividade
VII
:Reescrita de lendas ( duplas)
Encaminhamento
*Antes
das reescrita em duplas, orientar para que, os alunos que os alunos
peguem os livros das lendas, ou os textos, para darem uma lida e
recuperarem aspectos importantes;
* Formar
as
duplas de
acordo com a contribuição que
os alunos possam dar
um para o outro.
*Pegar
o cartaz
com o inventário de lendas
para os
alunos escolherem quais das lendas poderão
compor o livro,considerando
os possíveis interesses dos leitores;
*
Assegurar
de que cada um conheça bem a lenda que irá reescrever.
*
Retomar as
indicações que os alunos fizeram sobre o que considerar quando
fossem escrever as lendas;
„*
Reescrever a lenda em duplas , orientando aos mesmos: a adequação
da linguagem ao leitor,para que ele possa compreender.
Atividade
VII:
revisando
as lendas e editorando-as ( coletiva , dupla e individual )
Encaminhamento
*Conversar
com os alunos sobre a finalidade, informando que ela se desenvolverá
de forma: coletiva, para o professor conversar com a classe sobre
algumas necessidades que tenha observado quando fez a leitura do
texto; em duplas, para a revisão de cada texto, e individual para
passar a limpo e fazer editoração
*Orientar as duplas dizendo que irão revisar os trechos assinalados
pelo
professor
durante a leitura feita.
*
Recolher os textos revisados pelas duplas, fazer as observações e a
revisão final e guardar para na próxima atividade cada aluno fará
a revisão do mesmo texto , só que agora de forma individua
,considerando
da
mesma forma o quadro orientador de planejamento ,
e as observações do professor.
*Depois
que refizerem, solicite que digitem o texto , registre a autoria ,
no caso o nome de cada aluno , e coloquem no padrão decidido:
tamanho, tipo de letra, cor etc, e traga para sala para compor o
livro das lendas .
ATIVIDADE
VII:
Preparação
para a finalização do projeto.
Encaminhamento
*Discutir com os alunos
sobre como se organizará as apresentações, quais materiais
necessários,(texto das lendas para o estudo);o tempo que iram gastar
e quem será responsável por cada trabalho;
*Organizar com os alunos um
esquema de apresentações como, por exemplo: um aluno para fazer a
abertura explicando sobre o evento, e o conceito de lendas por meio
de um jogral , decidir quem fala o que, outro aluno para comentar
sobre o projeto e seu envolvimento com as lendas.
*
Decidir junto
ao grupo, quais serão as apresentações — não é preciso que
todos apresentem, até para que a cerimônia não fique muito longa.
*Formar
duplas
de estudo: os alunos lêem as lendas e, depois, estudam como melhor
apresentá-las oralmente, considerando entonação, gestual, dicção
etc. O que for apresentar estuda e o parceiro apóia, analisa,
critica, ajuda a adequar a fala.
*
Orientar
para o fato de não ser preciso decorar o texto, mas apenas saber
dizê-lo de maneira adequada e interessante para os convidados.
*Os
ensaios das duplas deveram ser diante da classe, para que os demais
analisem e auxiliem os colegas a se preparar melhor para a
apresentação dando dicas, ajudando-os a melhorar.
*Apresentação oral de
algumas lendas do livrinho para a escola
*Finalizando os alunos
entregaram o livro das lendas a professora da sala.
Atividade
VIII: Culminância do projeto (apresentação para a escola e
comunidade)
_
Apresentação de um jogral sobre o conceito de Lendas .
-
Desfile Lendário com um aluno narrando sobre o personagem ;
mostrando assim o conhecimento apreendido sobre cada personagens .
-
Mostrar para a comunidade o livrinho das lendas produzidos por eles
e apresentação e apresentação oral breve de algumas lendas
trabalhadas.
Recursos
Internet,
slides, computador,papel sufit, pincel, tnt,lápis, máquina
fotográfica, data show, note book e outros .
Avaliação
Será observado
durante toda a execução do projeto a participação oral e escrita
, a criatividade, desenvoltura e interesse dos alunos pelo tema
trabalhado , o repertório construído sobre as lendas e o
conceito , além de habilidades relacionadas a leitura e produção
de textos .
LENDAS DO PROJETO
o boto
O boto é um rapaz belo, de andar desajeitado e que usa
roupas,
chapéu e sapatos brancos, cobre parte do rosto e tem um buraco no
alto da cabeça. O boto, segundo a lenda,costuma aparecer nas festas
ou à beira de trapiches. Gosta de moças ingênuas, de preferência
virgem ou menstruada, é um sujeito caladão e sinistro que tem o
poder de encantar as moças novas, que ao primeiro olhar se
apaixonam. Depois de conseguir o que quer, o boto corre e mergulha no
rio ou igarapé. Muitas meninas do interior que engravidam se
aproveitam da lenda e atribuem sua gravidez ao boto.
CURUPIRA
Na lenda o Curupira é descrito como um menino baixinho, cabelos cor
de fogo e pés virados para trás, o protetor da mata e dos
habitantes locais. O Curupira tem por hábito sentar-se a
sombra das mangueiras para comer os frutos e quando avistado por
alguém sai em disparada em uma velocidade estonteante. Apesar de ser
o protetor da mata e dos habitantes locais, o curupira costuma se
encantar por crianças pequenas, que são levadas embora e devolvidas
após 7 anos.
Além de
encantar crianças, o Curupira possui o dom de encantar adultos,
caçadores que após o encantamento ficam a andar em círculos
perdido dentro da mata.
Segundo a lenda, para quebrar esse encanto, o caçador deve parar
de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer um bolinha, como um
novelo
escondendo
a ponta de maneira que não possa ser desenrolado e depois pegar a
bolinha bem longe e gritar: "quero ver tu achares a ponta",
muito curioso, o Curupira sai a procura do novelo. Assim o encanto
será quebrado e a pessoa consegue sair da mata.
VITÓRIA
RÉGIA
A Lenda da Vitória Régia, conta que uma índia chamada Naiá,
ao contemplar a lua (Jaci) que brilhava no céu apaixona-se por ela.
Segundo contava os índigenas, Jaci descia a terra para buscar alguma
virgem e transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa
lenda, sempre sonhava em um dia virar estrela ao lado de Jaci. Assim
todos os dias, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o
momento da lua descer no horizonte e sair correndo para tentar
alcançar a lua. Todas as noites Naiá repetia essa busca
na
tentativa de alcançar a lua, até que um dia adoeceu, triste com a
indiferença de Jaci, começou a ficar cada dia mais doente, mas não
desistia de seu sonho.
Um
dia Naiá, muito fraca corre mais uma vez para tentar alcançar a
lua, nessa noite Naiá cai na mata e quando acorda vê o reflexo da
lua nas águas do igarapé, sem exitar mergulha na água e se afoga.
Mas Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na
grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas
ao luar.
MACUNAÍMA
Nas
terras de Roraima havia uma montanha muito alta onde um lago
cristalino era expectador do triste amor entre o Sol e a Lua. Por
motivos óbvios, nunca os dois apaixonados conseguiam se encontrar
para vivenciar aquele amor. Quando o Sol subia no horizonte, a lua já
descia para se pôr. E vice-versa. Por milhões e milhões de anos
foi assim. Até que um dia, a natureza preparou um eclipse para que
os dois se encontrassem finalmente. O plano deu certo. A Lua e o Sol
se cruzaram no céu. As franjas de luz do sol ao redor da lua se
espelharam nas águas do lago cristalino da montanha e fecundaram
suas águas fazendo nascer Macunaíma, o alegre curumim do Monte
Roraima.
Com o passar do tempo, Macunaíma cresceu e se transformou num
guerreiro entre os índios Macuxi. Bem próximo do Monte Roraima
havia uma árvore chamada de "Árvore de Todos os Frutos"
porque dela brotavam ao mesmo tempo bananas, abacaxis, tucumãs,
açaís e todas as outras deliciosas frutas que existem. Apenas
Macunaíma tinha autoridade para colher as frutas e dividi-las entre
os seus de forma igualitária.
Mas nem tudo poderia ser tão perfeito. Passadas algumas luas, a
ambição e a inveja tomariam conta de alguns corações na tribo.
Alguns índios mais afoitos subiram na árvore, derrubaram-lhe todos
os frutos e quebraram vários galhos para plantar e fazer nascer mais
árvores iguais àquela.
A grande "Árvore de Todos os
Frutos" morreu e Macunaíma teve de castigar os
culpados.
O herói lançou fogo sobre toda a floresta e fez com que as árvores
virassem pedra. A tribo entrou em caos e seus habitantes tiveram que
fugir. Conta-se que, até hoje, o espírito de Macunaíma vive no
Monte Roraima a chorar pela morte da "Árvore de todos os
frutos".
LENDA DA COBRA
GRANDE
A lenda da cobra Honorato ou Norato é uma das mais conhecidas
sobre cobra grande (ou boiúna) na região amazônica. Conta-se que
uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina
que se chamou de Maria e um menino chamado de Honorato. Para que
ninguém soubesse da gravidez, a mãe tentou matar os recém-nascidos
jogando-os no rio. Mas eles não morreram e nas águas foram se
criando como cobras. Porém, desde a infância os dois irmãos já
demonstravam a grande diferença de comportamento entre eles. Maria
era má, fazia de tudo para prejudicar os pescadores e ribeirinhos.
Afundava barcos e fazia com que seus tripulantes morressem afogados.
Enquanto seu irmão, Honorato, era meigo e bondoso. Quando sabia que
Maria ir atacar algum barco, tentava salvar a tripulação. Isso só
fazia com que ela o odiasse mais ainda. Até que um dia os irmãos
travaram uma briga decisiva onde Maria morreu tendo antes cegado o
irmão.
Assim, as águas da Amazônia e seus habitantes
ficaram livres da maldade
de
Maria. E Honorato seguiu seu caminho solitário. Sem ter quem
combater, Honorato entendeu que seu fado já havia sido cumprido até
demais e resolveu pedir para ser transformado em humano novamente.
Para isso, precisava que alguém tivesse a coragem de derramar "leite
de peito" (leite de alguma parturiente) em sua enorme boca em
uma noite de luar. Depois de jogar o leite a pessoa teria que
provocar um sangramento na enorme cabeça de Honorato para que a
transformação tivesse fim.
Foram muitas as tentativas,
mas ninguém conseguia ter tanta coragem. Até que um soldado de
Cametá, município do interior do Pará, conseguiu reunir coragem
para fazer a simpatia. Foi ele quem deu a Honorato a oportunidade de
se ver livre para sempre daquela cruel maldição de viver sozinho
como cobra. Em agradecimento, Honorato virou soldado também.
Mas a lenda da cobra
grande originou várias outras histórias. Uma delas, do estado de
Roraima, tem como cenário o famoso rio Branco. Conta-se que a Cunhã
Poranga (índia mais bela da tribo) apaixonou-se pelo rio Branco e,
por isso, Muiraquitã ficou com ciúme. Para se vingar, Muiraquitã
transformou a bela índia na imensa cobra que todos passaram a chamar
de Boiúna. Como ela era tinha um bom coração, passou a ter a
função de proteger as águas de seu amado rio Branco.
Existem ainda algumas crenças
que buscam explicar a existência de cobras grandes na região
Amazônica. Acredita-se, por exemplo, que quando uma mulher engravida
de uma visagem a criança fruto desse terrível cruzamento está
predestinada a ser uma cobra grande. Essa crença é bastante comum
entre as populações que habitam as margens dos rios Solimões e
Negro, no Amazonas. Há ainda quem acredite que a cobra grande pode
nascer de um ovo de mutum. Existe ainda outra versão, mais comum no
estado do Acre, sobre uma cobra grande que parece ser a versão
feminina do boto. Segundo essa lenda, a cobra grande se transforma
numa bela morena nas noites de luar do mês de junho para seduzir os
homens durante os arraiais de festas juninas.
Há ainda os que
contam que a cobra grande pode algumas vezes parecer um navio para
assustar os ribeirinhos. Refletindo o luar, suas enormes escamas
parecem lâmpadas de um navio todo iluminado. Mas quando o "navio"
chega mais perto é possível ver que na verdade é uma cobra grande
querendo dar o bote. Em Belém, há uma velha crença de que existe
uma cobra grande adormecida embaixo de parte da cidade, sendo que sua
cabeça estaria sob o altar-mor da Basílica de Nazaré e o final da
cauda debaixo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Outros já dizem
que a tal cobra grande está com a cabeça debaixo da Igreja da Sé,
a Catedral Metropolitana de Belém, e sua cauda debaixo da Basílica
de Nazaré. Os mais antigos dizem que se algum dia a cobra acordar ou
mesmo tentar se mexer, a cidade toda poderá desabar. Por isso, em
1970 quando houve um tremor de terra na capital paraense falava-se
que era a tal cobra que havia apenas se mexido. Os mais folclóricos
iam mais longe: "imagine se ela se acorda e tenta sair de lá!".
O folclorista Walcyr
Monteiro conta, após décadas de estudo sobre manifestações
folclóricas da Amazônia, que em Barcarena (PA) existe o lugar
conhecido como "Buraco da Cobra Grande",
considerado
atração turística do local.
MATINTA PEREIRA
Não existe consenso a
respeito de Matinta pereira ser um pássaro ou uma velha. O fato é
que Matinta possui um assobio inconfundível, que o caçador ao ouvir
não tem dúvidas de ser ela. Matinta, segundo a lenda sai a noite
sobrevoa a casa daquele que zombou dela ou que a maltratou durante o
dia, assombrando e assustando as criações de animais ou cachorros.
Matinta gosta de mascar tabaco, um ponto fraco usado por aqueles que
querem descobrir a identidade de Matinta. Segundo a lenda, quando
alguém ouve o assobio de Matinta na mata logo grita bem alto: "Vem
buscar tabaco!". no dia seguinte, nas primeiras horas da manhã
Matinta bate a porta da pessoa para buscar o tabaco prometido. A
pessoa se assusta e logo procura um pedaço de fumo para ofertar a
Matinta, caso a pessoa não der, matinta volta a noite para assombrar
a casa não deixando ninguém dormir.
Algumas lendas contam que
caçadores que encontraram Matinta no meio da mata, descreveram
matinta como uma mulher velha com cabelos compridos e despenteados e
que tem o corpo suspenso, flua com os braços levantados. Quem a ver
fica paralisado de pavor.
Uma outra lenda a
respeito de Matinta Pereira, diz que quando Matinta pressente sua
morte, ela sai vagando pela noite e gritando: "quem quer? Quem
quer?, quem responder "eu quero", fica coma maldição de
virar Matinta.
MONTE
RORAIMA
Os
índios Macuxi contam que antigamente, no local onde hoje existe o
Monte Roraima, existiam apenas terras baixas e alagadiças, cheias de
igapó. As tribos que viviam naquela área não precisavam disputar
comida, pois a caça e a pesca eram fartas.
Uma vez, nasceu um belo pé de bananeira. E a árvore era algo
inédito na região. A estranha planta cresceu muito rápido e deu
belíssimos e apetitosos frutos. Os pajés então avisaram que aquele
vegetal era na verdade um ser sagrado e que como tal seus frutos eram
proibidos para qualquer pessoa da tribo. Os pajés avisaram ainda que
caso alguém desobedecesse a regra e tentasse comer uma fruta
daquelas, desgraças terríveis aconteceriam: a caça se tornaria
rara, as frutas secariam e até a terra iria tomar um formato
diferente. Era permitido comer de tudo, menos os frutos da bananeira
sagrada. Todos passaram a temer e a respeitar as ordens dos pajés.
Mas houve um dia em que, ao amanhecer, todos correram para ver com
espanto a primeira desgraça de muitas que ainda estavam por vir: um
cacho da bananeira havia sido decepado. Todos se perguntavam, mas
ninguém sabia dizer quem poderia ter feito aquilo. Antes que
tivessem tempo para descobrir o culpado, a previsão dos mais velhos
começou a acontecer. A terra começou a se mover e os céus tremiam
em trovões. Todos os animais, da terra ou do céu, bateram em
retirada. Um dilúvio começou a despencar e um enorme monte começou
a brotar rasgando aquelas alagadas terras. E foi assim que nasceu o
Monte Roraima.
É
por tudo isso que, até os dias de hoje, acredita-se que o monte
Roraima chora quando de suas pedras caem pequenas gotas de água
cristalina.
LENDA
DA MANDIOCA
Todos os índios tem pele morena. Uns mais, outros menos, de
acordo com cada região e com a nação a qual pertencem. Apenas Mani
nasceu diferente. Era branca como o leite e tinha os cabelos mais
amarelos que as espigas de milho maduras.
Muito antes de
nascer, o cacique já havia sido avisado de sua vinda. Em sonhos, um
espírito branco havia contado que eles ganhariam um presente sagrado
de Tupã.
Quando nasceu, Mani, apesar de tão diferente,
não chegou a causar espanto, mas encanto! Todos queriam vê-la e
tocá-la, pois ela era um presente vindo de Tupã. E por ser
diferente, chamava muita atenção. Todos diziam que ela era a mais
bela índia que havia nascido na terra. Na tribo era tratada com uma
jóia, uma coisa rara que eles deveriam preservar.
Mas tanto cuidado
não evitou que Mani adoecesse como qualquer outra criança. Não
teve reza nem remédio do pajé que desse jeito. A índia branca,
para a desolação de todos, veio a morrer. Aos prantos, a tribo
escolheu um local bem bonito para depositar o alvo corpo de Mani. E
todos os dias, aqueles que tinham saudades, iam ao túmulo. Com o
tempo, veio a Primavera. As flores e plantas novas começaram a
brotar. Um dia alguém notou que onde Mani foi enterrada nasceu uma
planta que ninguém conhecia. Ela era tão estranha quanto Mani
quando nasceu. Todos ficaram felizes e todas as manhãs regavam o
pequeno vegetal que crescia cada vez mais. Um dos índios cavou ao
lado da planta e encontrou a raiz que mais parecia um caroço, um
nódulo, uma batata. Partindo o pedaço da raiz viram que dentro era
tão branco quanto a pequena Mani. Era como se a criança tivesse
voltado naquele estranho vegetal de raiz esquisita. Por isso,
deram-lhe o nome de "Mani oca", ou "carne de Mani".
Depois a palavra acabou virando Mandioca como a conhecemos
atualmente.
Referencias
Acre.Secretaria de
Estado de Educação .Orientações
Curriculares para o 4º ano do ensino Fundamental.Rio
Branco
Acre 2009.
Acre.
Secretaria de Estado de Educação.
Caderno de Orientações Curriculares,
2009
Rosalinda.Projeto
:Uma Lenda, duas lendas,tantas lendas...Formação
SEE,Rio Branco Acre,2010.
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Lendas-e-Mitos-Da-Amazonia/281635.html